A arquitetura bioclimática auxilia a elaboração dos projetos de arquitetura levando em consideração as características climáticas de uma determinada região, pretendendo oferecer ambientes confortáveis para o uso das pessoas a partir da utilização dos recursos naturais visando o mínimo de impactos ambientais possíveis. Esta pesquisa respaldou-se no monitoramento climático da cidade de Pau dos Ferros/RN por meio de uma Estação Meteorológica Automática, localizada no Campus da UFERSA, que disponibiliza os dados registrados através de planilhas. Além disso, a pesquisa buscou realizar um paralelo com os dados disponibilizados pela NBR 15220-3, de modo a ser possível propor, por fim, estratégias construtivas adequadas para o local estudado, a fim de instigar estudantes e profissionais a projetar edificações que tenham uma maior qualidade, no que diz respeito ao conforto ambiental, em destaque desta pesquisa o conforto térmico, de forma que este diagnóstico possa contribuir, também, com o fornecimento de dados bioclimáticos para estudos futuros acerca do mesmo tema ou área de estudo. Para isso, a pesquisa iniciou com a coleta de dados advindos da estação meteorológica, seguindo da organização desses valores em planilhas no Excel, e, após cumprir os passos anteriores, analisou-se os resultados obtidos para o estabelecimento de parâmetros que proporcionarão conforto térmico às edificações inseridas no município de Pau dos Ferros. Assim, após a organização dos valores de cada uma das variáveis registradas, entre agosto de 2019 e agosto de 2020, encontrou-se as seguintes médias: temperatura do ar teve uma média de 27,82°C; umidade do ar: 64,46%, velocidade do vento: 1,53 (m/s)(2m); direção do vento: 143,86°; rajada de vento: 3,40 m/s; radiação solar: 198,61 W/m²; chuva: 0,01mm . Para enunciar as orientações de diretrizes construtivas, seguindo o que está descrito na NBR 15220-3, é classificado os seguintes parâmetros: tamanho das aberturas para ventilação; proteção para essas aberturas; vedações externas, ou seja, paredes e cobertura; e estratégias de condicionamento passivo. No que diz respeito às aberturas das edificações, é recomendado que sejam pequenas e que sempre seja pensado um elemento de proteção para estas aberturas, ou seja, elementos de sombreamento, que se configura como uma estratégia fundamental para a redução de ganhos solares na envoltória da edificação. Sobre a vedação externa, se indica uma envoltória pesada, ou seja, uma edificação que apresente uma inércia térmica elevada. Essa estratégia proporciona um atraso térmico na quantidade de calor que atravessa a superfície da envoltória da edificação, consequentemente, o pico de temperatura interna apresentará uma diminuição e um amortecimento em relação ao externo, provocando uma melhor sensação de conforto térmico. No que está relacionado às estratégias de condicionamento térmico passivo, pode-se mencionar o resfriamento evaporativo, o uso da ventilação natural, priorizando a ventilação cruzada, mas com a atenção para a ventilação seletiva. É de grande interesse a investigação da possibilidade de realização de simulações computacionais que possam assemelhar o uso dessas práticas à realidade, assim, esta pesquisa poderá chegar ainda mais perto da finalidade de proporcionar aos usuários edificações e ambientes adequadamente agradáveis para o local a qual se encontram inseridos ou serão construídos.
Comissão Organizadora
Thaiseany de Freitas Rêgo
RUI SALES JUNIOR
Comissão Científica
RICARDO HENRIQUE DE LIMA LEITE
LUCIANA ANGELICA DA SILVA NUNES
FRANCISCO MARLON CARNEIRO FEIJO
Osvaldo Nogueira de Sousa Neto
Patrício de Alencar Silva
Reginaldo Gomes Nobre
Tania Luna Laura
Tamms Maria da Conceição Morais Campos
Trícia Caroline da Silva Santana Ramalho
Kátia Peres Gramacho
Daniela Faria Florencio
Rafael Oliveira Batista
walter martins rodrigues
Aline Lidiane Batista de Amorim
Lidianne Leal Rocha
Thaiseany de Freitas Rêgo
Ana Maria Bezerra Lucas